Poemas de Boteco
"Poesias e Confissões de um Universo em Expansão." Por Victor Matheus, desde 2008.
virgem e cru
se for amor
que seja sincero
maroto discreto
que venha nu
se for amor
que seja sincero
sem maquiagem
virgem e cru.
Victor Matheus
um segredo
ainda
que te queira
em pele
lhe deseje
em verso
faço
desse instante
um segredo
para não
doar meu coração.
Victor Matheus
lógica
a bebida
deixa a lógica
binária
o amor
a lógica
abstrata
Victor Matheus
meu desejo
quero teu beijo
daqueles bem assim
suave e sutil
Como as borboletas
Numa valsinha
no por do sol de abril
quero teu sorriso
caneta, papel e violão
tuas curvas no sol do verão
Quero teu cheiro
Com gosto de vinho
tua libido sem sacrifício
Quero teu corpo inteiro
colar alguns versos
gozar meu desejo.
Victor Matheus
asas
botei asas
nú coração
só assim
pra te esquecer.
Victor Matheus
foice
foi-se!
o coração
partiu em dois
Mas qual
pedaço
é o meu?
Victor Matheus
a gente sabe
a gente sabe
a gente se entende
a gente sorri das besteiras
da gente
a gente acorda
e beija a gente
mas a gente não sabe se é amor o que sente.
Victor Matheus
sem demora
quero tua mão
teu sorriso
o dorso
coração
eu quero tudo
quero agora
você me dá
sem demora?
Victor Matheus
tu me quer?
se tu
ainda me quer
então me deixa ser teu
Ou vai
pra longe daqui
Com esse amor que morreu.
Victor Matheus
o palhaço
onde antes
público sorria
não se doa
mais alegria
naquele palco
de nobreza
morreu palhaço
com tristeza
Victor Matheus
sete minutos
melhor assim
tu longe de mim
mas a cada
sete minutos
sinto mais
amor em mim.
Victor Matheus
rapidinha
não
faça
acaso
com
meu
despreparo
sou
novato
no orgasmo.
Victor Matheus
sobremesa
fogos
no céu
brincando
de estrelas
a festa
já começa
onde acaba
a sobremesa.
Victor Matheus
passarinho
beijei o dia
com acordes
de violão
se achegou
um pássaro
fizemos canção.
Victor Matheus
bom gosto
entre um gole
e outro
de solidão
degusto a mesa
pedindo perdão
licor sagrado
de nome fino
bom gosto
amargo e proibido
Victor Matheus
barquinho de saudade
entre a linha
da estrela e o mar
repousa o pensamento
feito caravela
voa longe
beijando o vento
até o encontro
do teu gosto
lambuzado de saudade
e não há sonho
que de jeito
pra matar essa vontade.
Victor Matheus
17/11/11
do avesso
o vinho
me vira do avesso
e por mais que
não mereço
ainda assim encontro jeito
pra expulsar meu sentimento
Victor Matheus
o beijo
o beijo
é a menor
distância
entre dois
corações.
Victor Matheus
vício
nos
olhos
dela
encontrei
a
paz
no
corpo
dela
o meu
viciou
mais.
Victor Matheus
fluindo libido
felizes
entre
fluidos
envoltos
somente
em libido.
Victor Matheus
confissão
no concavo
do seu quadril
repouso
um um sonho sincero
aninho
um verso
secreto
confesso
que ainda
lhe espero
no escuro
desse inverno
perdido incerto.
Victor Matheus
contra peso
carreguei no peito
até cansar!
pesou muito...
... resolvi largar!
importa?
Pouco importa
a cama que me deito
Quando me deleito
nos caminhos do prazer...
Quero mesmo
é me perder
Entre um golo e outro
da ilusão!
Nessa noite louca
sem qualquer intenção,
Que não seja apenas
para me desprender...
Porque tudo que quero
no instante confuso
É algo
que jamais vou ter!
Se não pode
Se não pode com a morena
Nem tente começar
Vai pegar ferro na testa
O coração vai murchar...
Vê se há jeito para isso?
Onde há curva do perigo,
das coxas e cinturas,
A morena não me dá um petisco!
Definitivamente me demito
Dessa história toda,
do faz de conta,
de ser senhora com jeito de puta...
...Mas não as putas,
de outro poeta maldito,
pois só uso o artifício
pra matar o tesão dela!
Victor Matheus
01/10/2011
sem vida
as vezes perdemos a fé
o brilho nos olhos
vontade da vida
culpamos anjos
acusamos o destino
não aceitamos perder
e há quem diga ainda
que errar é humano
perdoar divino
nisso não acredito
porque no meu peito
amor não mais sinto.
Victor Matheus
31/07/2011
sabor de pecado
teu gosto
na coxa molhada
é de mel
o beijo
do meu coração
faz papel
rabisca
uma aquarela
de cordel
depois
rasga
deixando só o fel.
Victor Matheus
28/07/2011
morte no lábio
acordei
com gosto de morte no lábio
olhei para o ralo
vi o rastro do escarro
indaguei
quem foi o culpado?
por causar do trago
meu estômago está virado
constatei
que simplesmente
fui sentenciado
pelo excesso de embriaguez.
mas serei cortês
não culparei as coxas
inocentes e puras
que me fartei.
Victor Matheus
28/07/2011
em suspensão
abraçar
a
solidão
faz
do meu
coração
apenas
matéria
em suspensão.
Victor Matheus
20/07/2011
aquarela cordel
gosto
mesmo
é de palavras
e papel
faço delas
meu porto
seguro
e guardo
neles
minha aquarela
de cordel.
Victor Matheus
saudade danada
saudade
danada
sem jeito
que faz
apertar
o peito
deixando
o olho
vermelho
um
quase
desespero
de não
poder
tocar
a pele
depois
beijar
a
coxa
enroscar
o
corpo
delirar
Victor Matheus
09/07/2011
entre nós
quando há
outra mão
entre as nossas
a canção perde sabor
feito espinho
cravado no peito
meu desejo
e só apagar dor
porque não há
mais áspero
que tua boca
tocando outros lábios
enquanto espero
solitário
teu abraço
apertado.
Victor Matheus
melodia
falta a nota
para fazer acorde
virar canção
estendo a mão
não por medo
de entregar o coração
não quero amor
de contrapartida
se desse verso já fiz rima
somente tua voz
do jeito doce
na melhor melodia.
Victor Matheus
ingrata
sublime
melodia
minha’lma
afaga
verso
livre
no peito
acalma
indaga
a boca
a carne
desarma
sorriso
nos olhos
perdidos
orvalha
só
no peito
jaz
navalha
semeada
ingrata
nua
amada
Victor Matheus
06/07/2011
solidão
beijo
com tesão
a solidão do copo
exalto
todo o excesso
de rasa paixão
sigo em frente
farol aceso
sem direção
noite linda
de lua nua
e solidão
Victor Matheus
01/07/2011
não me interesso
túmulos violados pro sucesso!
nota de jornal,
caderno social
não me alegram
quero mesmo a escuridão
beber meu trago escondido
sentado no balcão da solidão
o que importa o status
se o espírito empobrece
por culpa do ego?
sei que não é ético
expor as mazelas da carne
mas senão for assim não vale!
vou mesmo por o dedo na cara
e mostrar o que está corroendo
o que mata!
e ainda vou cavar a vala
pra enterrar o tal... sucesso
por que esse mesmo, não me interesso!
Victor Matheus
12/04/2011
A gente não sabe
a gente não sabe
quanto tempo leva o sonho
passar de papel pra fato
ser afago sincero revelado no espaço
a gente não sabe
a dor da saudade
quando negamos por vontade
e decidir fazer melhor assim
a gente não sabe
se na próxima esquina
vai ter sol brilhando
ou chuva caindo na rua vazia
a gente não sabe
o tempo que leva
pra curar ferida aberta
por um erro não tão qualquer
a gente não sabe
as vezes não queremos mesmo saber
o tempo que leva
pra descobrir o que jaz num coração de mulher.
Victor Matheus
28/03/2011
feri-da-posta
lança
faca firme
no ventre
murcho da vida
rasga
pele viva
face morta
na esquina
alma
esvaída
igual copo
de bebiba
expulsa
da barriga
num jorro
de saliva.
Victor Matheus
18/03/2011
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