noturna femme oyer

realeza
debruçada 
em meu colo
sussurra 
palavras quentes
sedenta por prazer


tocando-me 
maliciosamente
despindo-se lentamente
para me excitar

suor
escorrendo na pele 
quente e macia
delírio e fantasia

se deleita 
num ato íntimo
ofegante e sedenta
ordenando quando quer

um grito! 
A alma se esvai em líquido!
Ela em delírio 
eu me visto 
em músculos tremidos

Voz ofegante
ar faltante no pulmão
o prazer liberto
num jorro de sexo

Ela se despede
com a pele dormente
O quadril quente
fervente em desejo

O olhar 
ainda revelando 
o que tanto quer
Noturna femme voyer.

Victor Matheus,
21/08/2008.