sobre teu leito
a chama da vela
desenha entre as frestas
arestas incertas do futuro
neste mundo
de estrelas cadentes
pranas e musgos escorrem juntos
para um poço profundo
onde a luz se apaga
onde a vida morre
teus sonhos impuros
repousam e vibram
qual será o teu martírio?
viver um suplício?
pular do precipício?
ou perder-se num delírio?
Victor Matheus